Com um crescimento médio anual de 3,1% nas matrículas da educação superior, o Rio de Janeiro possui o segundo melhor desempenho da região Sudeste, ficando atrás apenas de Minas Gerais. Essa é uma das constatações da análise de cenário Educação Superior no Rio de Janeiro – Contextos e perspectivas, realizada pela ABMES em parceria com a empresa de estudos educacionais Educa Insights. O estado, que em 2010 contava com pouco mais de 575 mil alunos na graduação, encerrou 2017 com quase 713 mil em suas 136 instituições de educação superior.
Boa parte desse crescimento foi impulsionada pela educação a distância (EAD). No contexto das IES particulares, ela apresentou uma evolução média de 17,8% ao ano entre 2010 e 2017, ante o desempenho de 0,6% de crescimento médio anual dos cursos presenciais no mesmo período.
Outra característica da educação superior no estado é que os cinco cursos com o maior volume de estudantes coincidem com o cenário nacional, com poucas mudanças de posição entre eles: direito, administração, enfermagem, psicologia e engenharia civil. Entretanto, o curso que apresentou o maior crescimento nos últimos anos foi o de engenharia mecatrônica, com média anual de 50,1%.
Já entre os cursos ofertados na modalidade a distância os que mais atraem o interesse do estudante fluminense são administração (29%), pedagogia (11,1%) e gestão de recursos humanos (7,2%).
Perfil do estudante
Com 56% de representatividade, as mulheres compõem a maior parcela das pessoas que cursam uma graduação no estado do Rio de Janeiro. Além disso, o público que frequenta as instituições de educação superior é jovem (48% tem até 24 anos), branco (33%), cursou o ensino médio em escolas públicas (54%), trabalha (63%) e pertence às classes CDE (58%).
Embora em grande parte as análises do perfil dos públicos dos cursos presenciais e da EAD e também das instituições particulares e públicas apresentem dados semelhantes, há algumas distinções marcantes. Por exemplo, enquanto nas unidades públicas o percentual de estudantes com até 24 anos é de 57% e dos que trabalham 55%, nas particulares esses índices são de 45% e 67%, respectivamente.
Entre os alunos dos cursos presenciais e a distância as principais distinções estão marcadas pela idade (55% com até 24 anos nos presenciais e 20% na EAD) e pela situação de trabalho (60% dos que frequentam cursos presenciais trabalham ao passo em que o índice na modalidade a distância é de 84%).