Dos 451.777 médicos cadastrados no país, 55% atuam nas 27 capitais. Ao traçar a relação entre o número de profissionais nesses locais e o de habitantes, verifica-se que as capitais possuem 5,1 médicos para cada 1.000 habitantes contra 1,3 profissionais para a mesma quantidade de pessoas que vivem no interior dos estados.
Os dados fazem parte de levantamento realizado pela ABMES em parceria com a Educa Insights que utilizou dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), do Censo da Educação Superior 2016 e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre as unidades da Federação, a que tem a maior proporção de médicos em relação à população é o Distrito Federal (4,4), seguido pelo Rio de Janeiro (3,6). Na outra ponta, estão o Maranhão (0,9) e o Pará (1,0). Entretanto, o estado com a maior desigualdade na divisão de profissionais entre a capital e o interior é Sergipe, com proporções de 5,44 e 0,19, respectivamente. Com esse cenário, o índice de desigualdade do estado atinge a elevada marca de 28,5, o dobro da verificada no Maranhão, unidade da Federação que ocupa a segunda posição no ranking.
Novos cursos e a manutenção da qualidade
O salto verificado nos últimos anos com relação ao número de ingressantes, especialmente entre os anos de 2013 e 2014, resultam em uma média anual de crescimento de 13% nas vagas ofertadas pelas instituições particulares e de 12,5% nas públicas.
Apesar desse crescimento, a análise dos principais indicadores de qualidade mostra que a performance se manteve muito parecida ao longo dos anos, independente de quando o curso começou a ser ofertado pela instituição, o que pode indicar manutenção da qualidade do curso mesmo com a entrada de novas instituições.
Por exemplo, o Conceito de Curso (CC) que antes de 2000 era 3,7, a partir de 2000 passou a ser de 3,9. Já o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) que era de 3,0 antes de 2000 passou para 3,2 após essa data.