Em nota de posicionamento, o Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas (Fonif) se manifestou com relação à reportagem publicada pela Folha de S.Paulo no último dia 5 de fevereiro. Com o título “Donos de lancha e avião aparecem como bolsistas de escolas beneficentes” o texto apresenta irregularidades encontradas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em bolsas concedidas por pelo menos 37 (40%) das 91 instituições de ensino básico e superior selecionadas para auditoria do órgão.
O Fórum declara ser totalmente favorável a quaisquer iniciativas que visem estimular a ética e a transparência em todos os âmbitos da sociedade brasileira e que “toda e qualquer instituição identificada como não idônea deve deixar de ser certificada como filantrópica, contribuindo assim para que o setor cumpra sua missão de forma séria e responsável, contando com a credibilidade que merece junto à sociedade”.
Ressalvas
A divulgação prévia das supostas irregularidades antes da conclusão do relatório e da publicação do acórdão pelo TCU, além da clara excepcionalidade dos casos relatados quando comparados os números citados pela reportagem com outras informações públicas relacionadas ao setor, foi destacada como “fato que tumultua e embaraça o amplo direito de defesa das entidades implicadas no processo” pelo Fórum.
Por fim, o Fonif ressalta que os casos de irregularidade apontados são relevantes e merecem atenção. “No entanto, se faz necessária uma análise mais profunda sobre o tema para que haja justiça e clareza na compreensão dos fatos. Reduzir o trabalho de todo um setor a partir de uma amostragem representativa de apenas 1,8% pode resultar em uma má compreensão do comprovado retorno que as filantrópicas geram a todo o País”.