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Brasil e Índia: longo caminho para a internacionalização da educação superior

20/06/2017 | Por: ABMES | 3104
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O University World News, jornal digital semanal do Reino Unido, publicou na última sexta-feira (16) o artigo Still a long way to go on internationalisation, escrito por Bruno Morche, consultor e pesquisador educacional brasileiro. No texto, ele compara a internacionalização das instituições de ensino superior do Brasil e da Índia. O artigo é bastante crítico e aborda aspectos positivos sobre o tema.

O pesquisador apresenta dados relevantes e aponta que o Brasil, apesar de ser o quarto maior sistema de ensino superior do mundo, está em 22º lugar em mobilidade externa, ou seja, quando o aluno vai estudar no exterior.

Ele também aponta que, apesar de o programa Ciência sem Fronteiras ter aumentado a procura por graduações no exterior, esse número não é suficiente para melhorar a colocação do país na arena da educação internacional.

A expectativa, contudo, é que isso mude ao longo dos anos. De acordo com Morche, a conscientização dos profissionais em relação a graduações no exterior tem aumentado graças aos muitos benefícios que elas proporcionam na carreira profissional.

“Os brasileiros começam a ver que os programas de graduação e pós-graduação no exterior podem ser uma parte importante do plano de carreira”, afirma.

Para o autor, embora algumas mudanças positivas estejam ocorrendo lentamente, Brasil e Índia ainda têm um longo caminho a percorrer em relação à internacionalização, ao desenvolvimento científico e à obtenção de universidades de classe mundial.

Em uma análise comparativa, Morche ressalta que tanto o Brasil quanto a Índia têm pouca procura de estudantes de outros países. Para ele, fatores como qualidade de ensino, reputação internacional e problemas sociais e econômicos, contribuem para o baixo número de estudantes internacionais. No Brasil, ainda há outro grande dificultador que é o idioma.

“Se a educação superior é um fator indispensável para o desenvolvimento social de um país, Brasil e Índia, como duas das 10 maiores economias mundiais, ainda possuem um longo caminho para aprimorar seus sistemas de educação superior”, conclui.